22/10/2009

Honduras: um menino contra o golpe



Oscar David Montesinos, um menino de 10 anos, tornou-se um símbolo da resistência ao golpe que derrubou, há dois meses, o presidente constitucional de Honduras, Manuel Zelaya. Domingo passado, num show que reuniu milhares de pessoas em Tegucigalpa, capital do país, Oscar fez um discurso que é de deixar qualquer um de queixo caído, não apenas pelo conteúdo como pela capacidade oratória e carisma. Vê-se que não é um texto decorado e impressiona a articulação de sua fala.

Ele bate duro no presidente golpista Roberto Micheletti: “Micheletti que te vas, que te vas!”

16/10/2009

Para incriminar MST, imprensa corporativa ignora grilo da Cutrale

Brasil de Fato *
Adital -
MOBILIZAÇÃO Transnacional já foi notificada pela Justiça Federal em 2007; imprensa usou imagens para tentar impor CPI

Por Luís Brasilino e Renato Godoy de Toledo
da Redação

No dia 5, o Jornal Nacional da Rede Globo exibiu imagens captadas pela Polícia Militar de São Paulo nas quais integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) passam um trator sobre plantações de laranja, na zona rural de Iaras (SP).
O telejornal não citou nominalmente a empresa que controla as terras ocupadas pela organização. Trata-se da Sucocítrico Cutrale, transnacional brasileira que tem como finalidade a exportação de suco de laranja. A notícia veiculada pela TV Globo repercutiu em todos os veículos. Em editorial, os jornais de maior circulação do país usaram terminologia agressiva contra o movimento. Terroristas, criminosos e vândalos foram termos recorrentes atribuídos aos militantes do MST. Tais jornais trataram o ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, e o presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Rolf Hackbart, praticamente como membros do movimento, mas que discordaram da ação em Iaras.

Terra grilada

Para o MST, a intenção da imprensa e da polícia é criminalizar o movimento e instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito. Em setembro, a bancada ruralista conseguiu reunir assinaturas para instaurar uma CPI contra o MST, mas a tentativa acabou frustrada. Agora, as imagens de Iaras deram novo fôlego.
a esses setores que, no fundo, miram inverter o debate e barrar a atualização dos índices de produtividade rural, prometido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
As versões sobre o que ocorreu em Iaras são muito opostas, a começar pela titularidade da terra, que a imprensa "concede" à Cutrale. Mesmo dando muito espaço sobre o caso de Iaras, os jornais não abordaram profundamente o tema. Disseram que o movimento destruiu plantações numa propriedade produtiva, mas não deram importância ao fato de o Incra reivindicar a área, alegando que a terra foi grilada.
A área, atualmente controlada pela Cutrale, faz parte de um lote chamado Núcleo Monções, que possui cerca de 30 mil hectares pertencentes à União, segundo o Incra. Em 2007, a Justiça Federal concedeu a totalidade do imóvel para o instituto. A empresa, no entanto, permanece na área e utiliza-se de ações judiciais para reverter a decisão.

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07/10/2009

Enem deixa evidente exclusão na educação

Enem deixa evidente exclusão na educação

Mais de 4,5 milhões de estudantes se inscreveram para fazer a prova do novo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), promovido pelo Instituto Anísio Teixeira (Inep) e que servirá de teste de seleção para ingresso em várias universidades federais do país.

Com a novidade, a imprensa burguesa apressou-se em dizer que o novo Enem era o fim do vestibular, mas a verdade é que o vestibular apenas mudou de nome, e a exclusão do ensino superior público continua e ficou ainda mais evidente.


As universidades públicas brasileiras oferecem todos os anos 300.000 vagas. Isso significa que, pelo menos, 4,2 milhões de estudantes que farão a prova do Enem nos próximos dias 3 e 4 de outubro ficarão fora das universidades públicas, por falta de vagas.

O Brasil é um dos países da América Latina que mais excluem seus jovens do ensino superior. Apenas 13% da juventude brasileira frequenta a universidade e, desses jovens, a grande maioria apenas consegue acesso no ensino pago.

A luta contra essa exclusão cresceu nos últimos anos em todas as partes do país, o que o obrigou o Ministério da Educação a apresentar o novo Enem e fazer críticas públicas ao vestibular. Reitores de universidades, professores e secretários de Educação têm dito que o vestibular precisa ser superado, mas não apresentam de maneira clara a necessidade de se investir 10% do PIB brasileiro em educação para garantir o livre acesso à universidade e o verdadeiro fim do vestibular.

Chegou a hora de levantar ainda mais alto a bandeira do livre acesso. Os milhões de estudantes que farão o Enem, comprovando condições de ingressar na universidade, e que terão sua vaga negada, terão agredido seu direito à educação previsto na Constituição Federal.

Não podemos ficar calados enquanto o governo federal entrega R$ 10 bilhões ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Esse dinheiro representa mais de dois terços do orçamento federal para a educação e deve servir para colocar na universidade pública a juventude brasileira.


União da Juventude Rebelião (UJR)

Fonte : Site, A verdade

04/10/2009

Bertolt Brecht - O Analfabeto Político





O Analfabeto Político

Bertolt Brecht

O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.

O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.