05/04/2010

Ditadura em Honduras 2010

Honduras
Ativista hondurenho da Frente Nacional de Resistência Popular é brutalmente assassinado

O professor José Manuel Flores Armijo, conhecido ativista hondurenho da Frente Nacional de Resistência Popular - FNRP e do Movimento Docente, foi brutalmente assassinado por um grupo de pistoleiros encapuzados, na tarde desta quarta-feira (23/3), na escola onde trabalhava, o Instituto San José, na colônia El Pedregal, em Tegucigalba.

Professor de Ciências Sociais, Manuel teve uma importante atuação na direção da Junta Directiva Central del Colegio de Profesores de Educación Media de Honduras – COPEMH, o mais importante sindicato de professores de Honduras. Foi ele quem encabeçou as greves realizadas em 1999 pelos trabalhadores hondurenhos em prol de melhorias na educação.

Querido por seus alunos, colegas e companheiros de luta, atuava também como uma espécie de porta-vez da classe oprimida de Honduras, escrevendo sistematicamente artigos de denúncia para os jornais La Tribunal e El Socialista Centroamericano, órgão oficial do Partido Socialista Centroamericano - PSOCA, do qual foi um dos fundadores.

Terrorismo de Estado

A diretoria do COPEMH denuncia que o assassinato do professor faz parte da política terrorista do governo Pepe Lobo, que já exterminou outras importantes lideranças do movimento, como os camponeses José Antônio Cardoza e José Carías, da direção da Cooperativa Brisas de COHDEFOR, de Carbonales, Bonito Oriental.

Os sindicalistas complementam que todos esses assassinatos são ocultados pelos países que reconhecem o governo do novo presidente e pelos meios de comunicação que servem aos interesses desses países. Na avaliação da COPEMH, o atual governo pouco se difere do anterior, responsável pelo golpe de estado que depôs o presidente Manuel Zelaya, eleito democraticamente.

De acordo com a direção do Sindicato, Pepe Lobo se prepara para revogar o Estatuto Docente, documento considerado a mais importante conquista dos professores daquele país, defendida com veemência pela categoria nos últimos anos, apesar de toda a instabilidade política.

Por Najla Passos
ANDES-SN
(Com informações da COPEMH e da Frente Nacional de Resistência P
opular)

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